Caipirinha e Vinho: Bicho do Mato em Milão

Hoje fazem dois meses que estamos aqui. Já conseguimos ir em alguns lugares sozinhos, já conseguimos comprar cigarro, entender um pouco do que assistimos na TV e até ter um diálogo de meia dúzias de palavras com algum italiano...

Mas confesso que não é fácil... pagamos cada mico!!!
Vou contar brevemente, sobre nossa chegada aqui...

Eu, mais grosso que o eixo do mundo, minha primeira viagem de avião, não sabia de onde partia o vôo, o que comer na viagem, como ir ao toalete dentro da aeronave (essa foi boa).

Viajando horas sentado, depois de comer frango com arroz e óleo de oliva, um copo de coca e depois duas lata de cerveja, meio quente, etc... Dei uma cochilada e acordei no meio da madrugada com umas voltas na barriga, aquilo parecia um vulcão que estava prestes a entrar em erupção, ai me segurei , olhei pro lado tava um senhor babando no ombro do outro com um fedor de “asa” (suvaco, axila), ai mesmo que não deu mais pra segurar, a ligeira veio de uma tal maneira que quando eu vi já estava sentado no trono,

Acabando o serviço procurei a porra do botão pra mandar bosta pro espaço, revirei, revirei e achei , quando eu apertei o “tróço” deu uma sugada de ar e levou tudo, e um barulho horrível de mais ou menos 4 segundos , só não “caguei” de novo porque não tinha mais bosta pronta , achei que aquilo ia me sugar também.

Passado o susto, abri a porta e bem na frente do toalete tinha uma velhinha sentada me olhando muito sério, ai eu sai ligeirinho dali pois a “marofa “ tava de “due”, ai é que ficou bom o negócio, cheiro de “bosta “ misturado com “chulé”e a “asa” do meu vizinho de poltrona, então relaxei e dormi até a aterrissagem do “trambolho voador”.

Acordei com uma voz de locutor dizendo “atenção passageiros estamos chegando ao aeroporto de Milão, aterrisagem autorizada”, ufffa chegamos.

Beleza, agora é só pegar as malas e pronto, fomos pro lugar onde se pega as malas, olhei ao meu redor muita gente com uns carrinhos de mala, e pensei, vou precisar de um deste, fui ao lugar onde se pega o carrinho e tinha uma espécie de trava que impedia que o maldito carrinho soltasse do outro, (veja as fotos),

Ps.: Essas fotos não foram tiradas no aeroporto, tiramos no mercado esses dias pra ilustrar este post.

ai fiz uma força do car@#$% e nada , todo mundo me olhando e rindo, olhei pro lado, a Jana tava roxa e afinada, então eu desisti e fui perguntar pra alguém como que o maldito carrinho saía de lá sem que eu me “stribuxace” de fazer força, foi então que um abençoado senhor me disse “insere la moneta” ai caiu a fixa, a Jana foi num guichê e trocou dinheiro de papel por moedas, tasquei uma “moneta” de 1 euro na trava e ai sim consegui pegar o bendito carrinho, esperei um pouco até que as malas chegassem na esteira e pronto, pronto o kct.,tinha ainda que passar pela polícia..

Bem na nossa frente, na fila, uma brasileira foi impedida de entrar. Parece que já era a segunda vez que ela vinha pra cá e, como não tinha nenhum permesso (permissão para ficar no país), foi convidada a voltar...

Daí, enquanto assistíamos o desespero da moça, ficávamos olhando para os outros guichês pra ver se os outros policias tinham uma cara mais boazinha e, se mudávamos ou não de fila... Enfim,

A Jana passou....

Eu passei.... o policial olhou para o meu passaporte, olhou para mim e disse: “Bom trabalho!!!!”

Minha cunhada e meu concunhado, nos esperavam na saída do aeroporto, experiência louca, mas valeu a pena ter passado, agora eu já sei como pegar o carrinho em qualquer lugar, até mesmo no supermercado que foi onde tirei as fotos pra postar no blog.